Oi, gente!
Esse email chegou magicamente pra mais de trinta pessoinhas. TRINTA. Cê tem noção? Eu comecei essa newsletter super despretensiosamente, achando que ia ser um surto semanal mandado pra meia dúzia de amigos muito próximos, e agora tem um tanto de gente dizendo que curtiu e se inscrevendo pra receber mais. Tô igual pinto no lixo. Agora preciso me policiar pra anotar todas as ideias que tenho pra esse espaço em momentos aleatórios do meu dia (geralmente no banho, às 6h da manhã ou quando vejo um post aleatório no Instagram).
Pra essa edição, preparei:
uma playlist pra quem quer se jogar no rock/metal mas não sabe por onde começar
dicas pra quem quer viajar leve, com mala de mão
meus favoritos do feed, versão receitas testadas e aprovadas
uma “pequena” crônica sobre amizade (escrita por mim, cê acredita?)
Tamo junto? Bora.
💿 Para ouvir: playlist de boas-vindas ao mundo do metal
Minha amiga, há um tempo, me disse que queria começar a ouvir metal. Isso é basicamente música pros meus ouvidos (com o perdão do trocadilho infame). Montei pra ela uma playlist eclética, com um pouco de tudo, porque o metal em si é um gênero mega diverso, e às vezes o que você gosta tá mais pro lado do heavy, do doom, do prog ou do hardcore melódico islandês gravado em estúdio de caverna (vai saber).
A playlist é essa aqui:
Se gostar, me conta. Se odiar, me conta também. Tem alguma favorita? Se surpreendeu com alguma? Me diz! E se quiser receber outras playlists malucas na sua caixa de entrada, me dá um tema que o desafio tá aceito. Sou a doida das playlists, né?
🧳Viajar com mala de mão sem perder a dignidade
Eu tenho uma teoria: a gente só aprende a fazer mala quando dói. Depois de carregar tralha desnecessária e pagar excesso de bagagem emocional e literal, você aprende. Se quiser evitar esses perrengues, aqui vão umas dicas:
Não leve o pote inteiro de nada. Shampoo, condicionador, creme de pentear, protetor solar, skincare... tudo isso pode ir em potinhos menores. Tem kits muito bons como esse aqui ou esse pra skincare. Se precisar de potes maiores, tem também.
Use roupas que você já ama. Se você nunca usou aquela blusa de lantejoula verde neon em casa, por que usaria em Paris? Leva o básico que combina entre si. É mais fácil repetir roupa (e economizar sanidade).
Sapatos testados só. Não leva sapato novo. Não testado é sapato armado. Vai machucar. Um chinelo, um tênis e algo mais arrumadinho costumam bastar - e já viaja com o maior no pé.
Escolha bem sua mala. Mala leve e com bom espaço interno faz TODA a diferença. Evita aquelas que abrem no meio, dá pra enfiar muito mais coisa nas tipo "tampa".
Sacola a vácuo é sua BFF. Ajuda com o volume das roupas e faz milagres. Tem versão com bombinha e versão sem bombinha. Se der ruim e você tiver que improvisar, saco de lixo e aspirador têm salvado vidas.
Leve uma sacola extra dobrável. Pra aquelas comprinhas “inesperadas” (quem estamos tentando enganar aqui?). Essa aqui é trancável com cadeado, e essa tem um preço mais em conta.
Viajar leve é viajar feliz. Confia.
🍳Favoritos do Feed: Receitinhas Aprovadas
Essa semana, testei umas receitinhas que merecem um lugar no seu caderninho imaginário:
Creme de batata com filet mignon: comfort food que abraça. Link aqui
Arroz de fraldinha: se ainda não fez, você tá vivendo ou apenas existindo? Link aqui
Batatinha frita da perfeição: croc croc croc. Link aqui
Chocolate quente: pra aquecer corpo, alma e dedo do pé. Link aqui
Se fizer alguma, me conta! Eu adoro ver.
🧠 Coisas que pensei enquanto fazia arroz
Amizade é coisa de doido
Por muitos anos da minha vida, meus amigos eram as pessoas que estudavam comigo - quem eu via todos os dias, com quem eu compartilhava trabalhos, frustrações, lanches e piadas internas. Por muito tempo foi assim, e eu tenho a honra de ainda ter em minha vida uma parte boa dessa galera 25 anos depois do começo de tudo.
Depois, ainda enquanto eu era mais nova, mas na época em que a internet ainda era mato, conheci algumas pessoas por meio do Orkut. A maior parte delas se foi junto com a rede, mas mês passado mesmo eu estava tomando café com uma delas em Florianópolis e falando sobre a vida.
Tem uma outra aí, que conheci 20 anos atrás e que segue sendo uma das minhas melhores amigas mesmo morando quase 1500 km longe de mim (ela mora em Salvador — Bahia, não no círculo polar ártico como pode parecer. O Brasil é gigante). Ficamos literalmente anos sem nos encontrar, mas quando a gente tá junta, parece que nunca estivemos longe.
Passei por três faculdades e saí delas com um total de quatro (sim, quatro) amigas. Perdi contato com duas, mas sigo acompanhando a vida pelos stories e mandando amor e good vibes porque elas são incríveis. Uma é mãe de uma pituca linda e mora, diferente da amiga da Bahia, real oficial no círculo polar ártico - lá na Islândia. A última, que é a mais próxima, segue sendo uma pessoa importantíssima pra mim - e é ela que passa mais tempo comigo no shopping, uma coisa que pra mim é de imensa valia.
Mais velha, entendi que amigos eram aqueles que a gente conhecia no trabalho: afinal, são eles que ouvem nossos desabafos, que reclamam junto do valor do vale, do ônibus cheio, dos boletos acumulados. Dessa leva, ganhei uma galera super especial: alguns daqui, alguns de longe, mas todos queridos e presentes, mesmo quando muda o CNPJ na carteira.
Hoje, depois dos 30, sei que amigo, no fim das contas, é uma coisa rara. Amigo mesmo, aquele que tá ali com você (presentes em alma, não precisa ser em corpo) nos períodos difíceis - como quando perdi minha mãe no começo do ano - são pessoas de valor imensurável. E qual não foi a minha surpresa ao me deparar com o amor e o apoio de todas essas pessoas nesse momento! Tive a sorte bizarra de ter duas das minhas amigas mais queridas, que moram na Europa, em BH - e elas tiraram um tempinho da agenda corrida de quem mora fora e está em casa pra estar comigo. Recebi mensagens incontáveis e mais abraços do que achei que cabia em mim.
Me senti - e ainda me sinto - acolhida e amada, todos os dias, pela família escolhida que venho construindo ao longo dos anos.
Sei que várias dessas pessoas estão lendo isso, e isso só reforça meu ponto: meus amigos me apoiam, me acompanham, me incentivam e acreditam em mim. Tem presente melhor do que esse?
Fica aqui então meu agradecimento a todos vocês e uma pequena provocação, em forma de convite: sabe aquela pessoa que você gosta muito, mas que faz tempo que não se falam? Comenta algo sobre os próximos stories que ela postar, manda uma mensagem no WhatsApp. Pessoas preciosas ficam cada vez mais difíceis de encontrar ao longo da vida. Não perde tempo. Manda um oi. A vida passa, e quem é precioso merece saber que é.
💭 Pra terminar a edição e começar a semana
💌 Você recebeu esse email porque em algum momento achou que seria uma boa ideia ouvir o que eu tenho a dizer — e, olha, eu ainda não superei essa honra.
Se quiser repassar essa edição pra alguém que vai curtir uma playlist metalzera, dicas de mala de mão ou uma crônica que dá quentinho no coração, manda ver.
Se quiser me responder, comentar, mandar um meme ou só dizer "oi", minha caixa de entrada tá sempre aberta: é só responder esse e-mail.
Se quiser ver tudo o que já saiu, é só visitar ninguemmperguntou.substack.com e pra continuar respondendo, só se inscrever:
E se quiser sair da newsletter (snif), tem um link de desinscrição aí embaixo - Substack garante a burocracia pra mim.
Tchau, beijo!
Raquel 💜
Você é muito preciosa na vida deles também! Não esqueça disso 🩶
Gente, YouTube me avacalhou! Na próxima mando a errata, mas tá aqui a playlist: https://youtube.com/playlist?list=PLP8R7R35rinhnRjRv9PkC3fLmESrwxPwO&si=M6XUdBYu44vVFtSR