📣 Coisas que ninguém perguntou (mas eu vou contar mesmo assim)
A coisa mais legal de escrever essa newsletter é que ela surgiu de um absoluto nada, mas tem rendido tudo. As pautas vêm assim, do éter. Às vezes tô dirigindo, às vezes tô no banho, às vezes só existindo mesmo, e PÁ – uma ideia. E como não tenho que agradar algoritmo nenhum, posso escrever sobre o que eu quiser. Que delícia.
Obrigada a todo mundo que respondeu as edições anteriores, mandou mensagem ou simplesmente leu em silêncio e seguiu comigo nessa jornada. Cês não fazem ideia do quanto isso tem me feito bem. Se quiser bater papo, comentar alguma coisa ou só contar um caos, tô aqui!
Na edição de hoje:
🍵 Uma crônica sobre se sentir burra (e como isso é lindo, na real)
🎧 Jogos de tabuleiro pra fugir da tela um pouquinho
🧁 Uma dica de restaurante venezuelano que ganhou meu coração
💬 Você sabe realmente para que serve o SUS?
💌 Hoje tem mais carta de leitor!
☕ Coisas que pensei enquanto fazia um chá
Outro dia me peguei pensando sobre como aprender coisas novas sendo adulto é uma experiência quase humilhante. Tipo… parece que nosso cérebro só aceita o conhecimento se vier em combo com vergonha, insegurança e uma pitadinha de síndrome do impostor. E tudo bem… Ou quase.
Lembro de quando eu dava aula de inglês e via o contraste entre as crianças e os adultos aprendendo. As crianças descobriam que “azul” em inglês era blue, repetiam aquilo três vezes e pronto: virava fato na cabeça delas. Já os adultos não. Os adultos queriam saber se blue era com “b” mudo, se em algum momento a pronúncia mudava, se tinha exceções, se blue poderia ter outros significados e se tinha alguma outra palavra mais formal pra azul. A criança aceita. O adulto questiona - e sofre.
Acho que é porque, quando crescemos, vamos acumulando tanta bagagem, tanta cobrança, tanto “tem que saber”, que esquecemos como é dar um passo de cada vez. A gente entra num curso novo e já quer dominar o assunto na segunda aula. Quer fazer o código rodar sem erro, entender o francês com todos os “r” aspirados e não tropeçar nunca na barra de aprender a dançar. A gente se esquece que aprender exige paciência (e uma burrice momentânea).
Porque, sim, aprender é parecer meio burro por um tempo. É aceitar que você não sabe. E tá tudo bem. A criança aceita isso numa boa. O adulto sofre, se frustra e abandona. A gente devia ser mais criança às vezes.
É importante lembrar que cada aprendizado vem de um passo, depois outro, e outro. Ninguém tá te esperando pronto – e se tiver, esse alguém tá errado. Segue andando. Segue tentando. E, por favor, seja gentil com quem você tá se tornando, tá?
🧁 Comi e lembrei de você
Você já foi no Dorian Cacao Venezuela, aqui em BH? Eu conheci esse restaurante na pandemia, pelo iFood, quando pedi umas empanadas. Aí fui ficando. E apaixonando. E descobrindo que por trás do sabor tinha uma história linda.
A Yenither e o Reinaldo são uma família venezuelana que veio pra cá em busca de uma vida melhor e hoje tocam o restaurante com muito amor. Começaram vendendo brownies, expandiram o cardápio, abriram loja física em 2023 e continuam colocando afeto em tudo que fazem.
Minhas recomendações:
Maltín (o refri de lá que tem gosto de rapadura!)
Empanadas de carne desfiada
Torta trés leches (inacreditável)
Além da comida ser incrível, o atendimento é daqueles que faz a gente querer voltar só pra conversar mais. Eles ficam numa rua tranquila e o ambiente é uma delícia. Sério, vai.
Endereço: R. Silva Jardim, 158 - Floresta, Belo Horizonte
Telefone: (31) 98266-5427
🎧 Confia que é bom!
Pode ser que eu soe como aquela galera que fala que a vida só era vida de verdade “no meu tempo”, mas gosto de, de vez em quando, dar um tempo das telas e lembrar que jogo de tabuleiro ainda existe, graças a Deus. Separei algumas opções que amo e que podem render boas horas de risada e conexão.
Dividi por número de jogadores porque sou organizada (às vezes) e vou lembrá-los que nos dias 15 e 16 de julho tem Prime Day na Amazon porque sou amiga do seu bolso e pode ser uma boa chance de comprar o joguinho dos sonhos no precinho:
👯♀️ Pra jogar a dois:
Exploding Kittens: gatinhos, caos e cartas. Divertido, rápido e estratégico.
De 2 a 10 jogadores | A partir de 8 anos
👉 Amazon | Mercado LivreTaco Gato Cabra Queijo Pizza: o nome já entrega o surto.
De 2 a 8 jogadores | A partir de 6 anos
👉 Amazon | Mercado LivreEntre Linhas: jogo cooperativo de associação de palavras.
De 2 a 6 jogadores | A partir de 6 anos
👉 Amazon | Mercado Livre
👨👩👧 Pra jogar em família:
Dobble: o clássico jogo de reflexo e agilidade.
De 2 a 8 jogadores | A partir de 6 anos
👉 Amazon | Mercado LivreImagine: cartas transparentes + criatividade.
De 2 a 7 jogadores | A partir de 10 anos
👉 Amazon | Mercado LivreThe Mind: conexão mental sem falar uma palavra.
De 2 a 4 jogadores | A partir de 8 anos
👉 Amazon | Mercado Livre
👯♂️ Pra jogar em galera:
Trial by Trolley: humor ácido e dilemas morais.
De 3 a 13 jogadores | A partir de 14 anos
👉 Amazon | Mercado LivreBandido (ou Bandida, você escolhe): jogo cooperativo viciante.
De 1 a 4 jogadores | A partir de 6 anos
👉 Amazon | Mercado LivreHistórias Sinistras: enigmas em qualquer lugar. É uma série, tem vários tipos, com vários temas, inclusive versões “júnior”, próprias para crianças.
De 2 a 99 jogadores | A partir de 6 anos
👉 Amazon | Mercado Livre
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💬 Eu no meu dia menos enciclopédico
Hoje eu vim te contar uma coisa que talvez você já saiba, mas nunca parou pra pensar: você provavelmente usa o SUS mais do que imagina.
Muita gente associa o SUS só ao postinho do bairro, à fila do hospital, ou à UPA. Mas o Sistema Único de Saúde é muito maior do que isso. Ele é uma das maiores políticas públicas do mundo, e funciona em várias camadas da nossa vida, mesmo quando a gente nem percebe.
Por exemplo:
Quando você compra um alimento no supermercado, quem garante que ele foi inspecionado e tá seguro pra consumo? SUS.
Quando você liga pro SAMU no meio de um perrengue e a ambulância aparece? SUS.
Quando você toma uma vacina gratuita no posto (inclusive aquelas da infância, da gripe ou contra a covid)? SUS.
Quando o governo monitora surtos de dengue, zika, covid, e começa campanhas de combate? SUS.
Quando você bebe água tratada, usa protetor solar regulamentado, ou vê fiscalização sanitária fechando restaurante zoado? Sim, também é SUS.
O SUS tá na vigilância sanitária, no controle de endemias, no banco de sangue, na doação de órgãos, no atendimento de emergência, na saúde da família, na farmácia popular, nos centros de reabilitação, no pré-natal, no parto humanizado, nos tratamentos de alta complexidade e até no transplante de órgãos. É saúde coletiva na prática.
E o mais doido: tudo isso é direito seu. Garantido por lei. Universal. Gratuito.
É claro que o sistema tem desafios. A gente sabe. Faltam recursos, falta estrutura, faltam profissionais em várias regiões. Mas sabe o que não falta? Gente dando o sangue todos os dias pra esse sistema continuar funcionando.
Eu sei que parece papo de professora de sociologia com cartaz na mão, mas olha... defender o SUS é um ato de amor ao coletivo. E amor próprio também. Porque um dia, mais cedo ou mais tarde, todo mundo vai precisar dele. E ele vai estar lá.
(Sabe quem mais vai estar lá, graças ao SUS? O Zé Gotinha de Maracaju. Afinal, o jeito mais fácil de fazer crianças não terem medo da vacina é assustá-las ainda mais com o mascote.)
💌 Me escreveram isso e fiquei assim: 🥹
“eu tô amando minhas segundas feiras de manhã com meu bom cafezinho e essa nova newsletter. Me sinto aqueles pais em filmes dos anos 90 de manhã cedo esperando os filhos terminarem o café da manhã enquanto a mãe termina as lancheiras e o ônibus buzinando na porta de casa hahaha parece abraço de vó”
SABE???? Nem tenho roupa pra isso!
Não sei quem você é, mas o seu abraço de vó chegou até mim! Obrigada por tirar um minutinho pra escrever essa lindeza! <3
Se você também quiser aparecer aqui, ou só mandar um desabafo, pedir conselho, contar uma fofoca ou usar essa news como correio elegante... vem!
👉 Formulário de cartas da news
📬 Agora é com você
Obrigada por ler até o final 💖
Se curtiu, te convido a se inscrever e a encaminhar essa edição pra alguém que você ama. Presentão, hein?
Te vejo segunda que vem!
Tchau, beijo!
Raquel